30 julho 2008

Protocolo de Kyoto só é bom para sistema financeiro, diz especialista

Inovação Tecnológica
Fábio Reynol

'O Protocolo de Kyoto é inócuo para deter o aquecimento global.' A afirmação categórica é da geógrafa italiana Teresa Isenburg, professora do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade de Milão, que há décadas se debruça sobre as relações internacionais que envolvem o meio ambiente.

Para ela, o documento assinado em 1997 na cidade japonesa acabou atendendo somente os interesses do mercado financeiro, o que pode ser percebido na União Européia, onde os impactos do tratado deveriam ser mais sentidos.

Segundo a cientista, a Eco 92, conferência da Organização das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro, trouxe esperanças de mudanças reais de atitudes que não se concretizaram cinco anos depois, em Kyoto. O panorama histórico explicaria isso.

"Em 1992, os Estados Unidos estavam envolvidos e distraídos com a primeira guerra do Golfo. Cinco anos depois, eles já se apresentavam como a única potência mundial", disse. [Leia+]

16 novembro 2007

Gás carbônico pode deixar trabalhadores doentes e reduzir a concentração

G1 Ciência e Saúde

Os altos níveis de dióxido de carbono no ar dos escritórios podem deixar os trabalhadores doentes e reduzir o nível de concentração no trabalho, diz um estudo da Universidade de Middlesex, no Reino Unido.

O alto nível de gás carbônico pode causar dor de cabeça, problemas na vista e uma sensação geral de cansaço, acrescenta a pesquisa, feita pela universidade e pela empresa de consultoria KPMG.

Os especialistas analisaram a saúde de 300 adultos e descobriram que o dióxido de carbono no ar estava afetando a sua concentração. A diretora de saúde da KPMG, Julie Bennett, que trabalhou na pesquisa com especialistas da Universidade de Middlesex, disse que são muitos os escritórios britânicos que apresentam altas concentrações de gás carbônico.

"Se os trabalhadores se sentem sonolentos, apáticos e sem poder se concentrar no escritório, pode ser que o motivo não seja a rotina ou a tensão do trabalho. Talvez os níveis de dióxido de carbono no ar estejam muito altos", apontou. Segundo a pesquisa, a ventilação natural nos escritórios modernos é mínima, devido ao isolamento térmico.

O estudo avalia que as faltas ao trabalho por doença e o tempo gasto para atender a queixas pela má qualidade do ar estão custando às empresas altas somas. "As companhias deveriam verificar os níveis de gás carbônico em seus edifícios, para que a redução dos níveis de produtividade não custem milhares de libras", disse Bennett.

EUA e China são os maiores emissores de CO2 para geração de eletricidade



AFP WASHINGTON

Estados Unidos e China são os maiores emissores de dióxido de carbono para a produção de eletricidade, revela uma pesquisa publicada nesta quarta-feira pelo Center For Global Development (CGD), uma organização americana especializada em desenvolvimento.

Os produtores americanos de eletricidade emitem todos os anos 2,8 bilhões de toneladas de CO2, seguidos de perto pelos chineses, com 2,7 bilhões de toneladas, segundo o estudo, que analisou 50 mil centrais elétricas em todo o mundo.

No prazo de cinco a dez anos, os chineses deverão superar os Estados Unidos, prevê um dos autores, David Wheeler, em entrevista à AFP.

'Se analisarmos, no prazo de dez anos, a China vai passar os Estados Unidos' neste terreno, como é possível prever pelas centrais elétricas em construção e planejadas. De acordo com Wheeler, em dez anos, a China deverá estar emitindo mais de 4 bilhões de toneladas de CO2 para produzir sua eletricidade, contra cerca de 3 bilhões de toneladas dos EUA.

A China vai aumentar em 60% as suas emissões poluentes na próxima década.

TVI

A China vai aumentar em 60% as suas emissões poluentes, na próxima década. A conclusão é da CARMA, uma organização que controla as emissões de carbono para a atmosfera. A China é o segundo maior poluidor mundial, atrás dos Estados Unidos.

Possui quatro empresas de energia na lista dos 10 maiores poluidores do planeta. Estados Unidos e Alemanha surgem com duas empresas cada. Apenas com uma empresa neste «top ten», estão a África do Sul e Índia. A nível internacional, o sector eléctrico dos Estados Unidos é o maior poluidor.

Por ano, emite cerca de 2,8 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono, que aceleram aquecimento global. No futuro, Pequim vai construir mais centrais nucleares, que não emitem gases de estufa, mas colocam sérios problemas ao nível da segurança do armazenamento urânio utilizado.

08 novembro 2007

Desastres climáticos causarão 50 milhões de deslocados em 2010

M'zONe

ONG diz que 350 milhões serão afetados anualmente durante a próxima década. A metade das pessoas vítimas de desastres naturais ao ano seria de crianças.

Os desastres derivados da mudança climática, que abrangem de secas a chuvas torrenciais, farão com que em 2010 haja no mundo todo 50 milhões de 'deslocados ambientais', na maioria mulheres e crianças, segundo a ONG Save the Children.

O relatório 'Um futuro de catástrofes? O impacto da mudança climática na infância' elaborado pela ONG e que será apresentado nesta quarta (17), em Madri, por Bianca Jagger; pelo diretor da Unidade de Infância e Juventude do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Theodore Oben; e pela diretora do Escritório de Mudança Climática espanhol, Teresa Ribera.

O estudo denuncia que, das 250 milhões de pessoas afetadas por desastres naturais ao ano, a metade é de crianças.

Gás carbônico fica no ar por 1.800 anos

M'zONe

A maior parte do CO2 emitido por atividades humanas permanece na atmosfera por cerca de 1.800 anos. O número, apresentado em estudo de um grupo da Universidade de Victoria (Canadá), na revista 'Geophysical Research Letters', é quase dez vezes maior do que o fornecido por estimativas antigas.

'Essa vida média tinha sido estimada em cem a 400 anos por modelos anteriores', diz Álvaro Montenegro, oceanógrafo brasileiro que também assina o artigo.

O brasileiro, primeiro autor do trabalho, diz acreditar que a discrepância ocorreu porque os estudos antigos não consideravam efeitos do aquecimento na superfície oceânica, que atrapalha correntes que levam as águas do fundo para cima.

Se a primeira camada na superfície oceânica absorve CO2 e fica saturada, para ela continuar a absorver é preciso afundar aquela água e trazer outra', diz. Além disso, o fluxo de baixo para cima leva nutrientes a seres vivos que retém carbono.

Aquecimento 'pode causar extinção em massa', diz estudo

M'zONe

As temperaturas globais previstas para os próximos séculos podem desencadear uma extinção em massa, de acordo com estimativas de cientistas britânicos.

Um estudo, publicado na revista científica Proceedings of The Royal Society, aponta que as temperaturas atuais estariam dentro da mesma faixa das registradas em outras fases quentes da história da Terra, em que até 95% das plantas e animais teriam morrido.

Os especialistas analisaram a relação entre clima e espécies ao longo de 520 milhões de anos e descobriram que houve uma maior biodiversidade durante os períodos mais frios do planeta.

“Esta pesquisa fornece a primeira clara evidência de que o clima global pode explicar variações dos registros fósseis de maneira simples e consistente”, afirmou Peter Mayhew, da Universidade de York. “Se os nossos resultados se aplicarem ao aquecimento que ocorre atualmente, é possível que a extinções aumentem.”

A pesquisa comparou dados da biodiversidade marinha e terrestre com a temperatura da superfície da água do mar em diferentes períodos ao longo dos 520 milhões de anos.

Os estudiosos concluíram que quatro dos cinco episódios de extinção em massa ocorreram em fases quentes da Terra, em que o calor e a umidade eram predominantes.

Kyoto não será totalmente cumprido, diz vice do IPCC

M'zONe

O vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), Mohan Munasinghe, afirmou ontem no Rio que está confiante na adoção de metas mais rígidas de redução das emissões de carbono numa segunda versão do Protocolo de Kyoto, acordo internacional que estabeleceu metas até 2012 para redução dos gases de efeito estufa.

Segundo ele, apesar de os EUA não terem participado do primeiro acordo e de algumas metas dificilmente serem atingidas, há mais consenso hoje para adotar regras mais rígidas a partir de 2012.

'Sabemos que, infelizmente, algumas metas do Protocolo de Kyoto não serão atingidas, mas esperamos que o pós-Kyoto tenha regras ainda mais rígidas.

Hoje, há mais pressão por parte da sociedade sobre os políticos.' Ontem, numa reunião na Indonésia, representantes de governos do mundo todo concordaram em fixar 2009 como data-limite para produzir o acordo substituto de Kyoto.

As negociações começam em dezembro, em Bali. Questionado sobre a viabilidade de um novo acordo mesmo sem os EUA, Munasinghe respondeu que 'talvez haja mudanças no governo americano'.

Ele afirmou também que o cenário é favorável a um comportamento mais responsável por parte das empresas. [Leia+]

Quase 40% das espécies de peixe de água doce estão ameaçadas de extinção na Europa

M'zONe

Cerca de 200 espécies das 552 variedades de peixes de água doce na Europa estão ameaçadas de extinção, e 12 já desapareceram, diz uma pesquisa da UICN (União Mundial para a Natureza) divulgada em Genebra (Suíça).

Com 200 espécies 38% das que habitam rios e lagos europeus ameaçadas de extinção na Europa, devemos agir agora para evitar a tragédia', advertiu William Darwal, coordenador do Programa de Espécies da União.

Na quinta-feira, foi apresentado na cidade suíça de Gland o novo 'Manual de Peixes de Água Doce na Europa', redigido após sete anos de pesquisas, nas quais foram descobertas 47 novas espécies. Segundo Darwal, 'o nível de perigo é muito maior do que o enfrentado por pássaros e mamíferos'. [Leia+]

23 outubro 2007

Emissões de gases-estufa são 35% maiores que o esperado, afirma pesquisa

M'zONe

Além de maior queima de combustíveis fósseis, ambiente sofre mais para absorver gás. Dificuldade de evitar mudança climática deverá ser ainda maior agora.

Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera aumentam a um ritmo muito mais rápido do que o indicado nas últimas previsões, segundo novo estudo de uma equipe internacional de cientistas.

De acordo com a pesquisa, desde o ano 2000 as emissões de gás carbônico que chegaram à atmosfera superam em 35% os cálculos da maioria das previsões de mudança climática utilizados até agora, segundo o jornal britânico 'The Times'.

17 outubro 2007

Desastres climáticos causarão 50 milhões de deslocados em 2010

M'zONe

ONG diz que 350 milhões serão afetados anualmente durante a próxima década. A metade das pessoas vítimas de desastres naturais ao ano seria de crianças.

Os desastres derivados da mudança climática, que abrangem de secas a chuvas torrenciais, farão com que em 2010 haja no mundo todo 50 milhões de 'deslocados ambientais', na maioria mulheres e crianças, segundo a ONG Save the Children.

O relatório 'Um futuro de catástrofes? O impacto da mudança climática na infância' elaborado pela ONG e que será apresentado nesta quarta (17), em Madri, por Bianca Jagger; pelo diretor da Unidade de Infância e Juventude do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Theodore Oben; e pela diretora do Escritório de Mudança Climática espanhol, Teresa Ribera.

O estudo denuncia que, das 250 milhões de pessoas afetadas por desastres naturais ao ano, a metade é de crianças.

Reunião da ONU antecipa idéias para sucessor do Protocolo de Kyoto

Folha Online

"A reunião especial da ONU sobre o ambiente em Nova York surtiu efeitos, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Para ele, os dirigentes do planeta alcançaram 'um importante compromisso político' para negociar um acordo decisivo sobre a mudança climática na conferência de dezembro em Bali (Indonésia), que definirá novo acordo global contra o aquecimento do planeta em substituição ao Protocolo de Kyoto.

'Hoje escuto um apelo claro dos líderes do mundo por um acordo decisivo sobre a mudança climática, em Bali', declarou Ban ontem (24), ao resumir os resultados da reunião especial. 'Agora penso que temos um importante compromisso político a alcançar.'

A reunião de Nova York, celebrada na véspera do início da Assembléia Geral da ONU, teve a participação de mais de 150 países. A conferência de Bali acontecerá de 3 a 14 de dezembro."

15 outubro 2007

Blog Action Day 2007 - Faça a sua parte!

Nova Consciência



A primeira edição do movimento Blog Action Day acontece nesta segunda-feira (15/10), data em que blogueiros de todo o mundo vão postar sobre um mesmo assunto: meio ambiente.

Os blogueiros que quiserem participar podem se cadastrar no endereço http://blogactionday.org/commit, em inglês. Já o site www.blogactionday.com/br traz mais explicações especialmente para os blogueiros brasileiros, em português.

Nobel de Física defende "nova sociedade" para conter mudanças no clima

Nova Consciência

Os efeitos socioeconômicos da mudança climática estão sendo tão devastadores que a única maneira de impedir a catástrofe é inventar uma nova sociedade, afirmou o ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1984, o italiano Carlo Rubbia.

'Estamos de acordo com o diagnóstico: estamos em estado crítico. É preciso criar uma nova sociedade', afirmou Rubbia. Ele é um dos 15 Nobel reunidos em Potsdam para debater com 30 economistas e cientistas as conseqüências da mudança climática.

O encontro, aberto e apoiado pela chanceler alemã, Angela Merkel, chega ao fim nesta quarta-feira (10), com a adoção de um memorando para a Conferência sobre o Clima da ONU (Organização das Nações Unidas). O evento será realizado em dezembro na Ilha de Bali, na Indonésia.

Rubbia, que previu uma 'revolução energética', argumentou que a solução para o problema criado pela mudança climática é econômica, política, moral e científica. Para ele, não basta somente reduzir as emissões nocivas, mas também desenvolver um modelo energético novo.

14 outubro 2007

Relatório classifica como negativos os 'sinais vitais' da Terra

M'zONe



Um relatório do Instituto Worldwatch que mede os 'sinais vitais' do planeta Terra chegou à conclusão de que, das 44 tendências avaliadas, 28 estão 'notoriamente ruins' e apenas seis estão positivas.

A análise leva em conta dados como o consumo de carne, que está aumentando, e o crescimento econômico, e os relaciona ao problema mais amplo das mudanças no clima.