Fábio Reynol
'O Protocolo de Kyoto é inócuo para deter o aquecimento global.' A afirmação categórica é da geógrafa italiana Teresa Isenburg, professora do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade de Milão, que há décadas se debruça sobre as relações internacionais que envolvem o meio ambiente.
Para ela, o documento assinado em 1997 na cidade japonesa acabou atendendo somente os interesses do mercado financeiro, o que pode ser percebido na União Européia, onde os impactos do tratado deveriam ser mais sentidos.
Segundo a cientista, a Eco 92, conferência da Organização das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro, trouxe esperanças de mudanças reais de atitudes que não se concretizaram cinco anos depois, em Kyoto. O panorama histórico explicaria isso.
"Em 1992, os Estados Unidos estavam envolvidos e distraídos com a primeira guerra do Golfo. Cinco anos depois, eles já se apresentavam como a única potência mundial", disse. [Leia+]